quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Maré

Não somos tão diferentes assim...
Procurastes em outras bocas meu ser
Procurei em outra boca o seu ser
E por mais que eu repita incansavelmente que não há engano...
Como se enganar lutando contra um sentimento maré que
tentei conter, guardar como sigilo doloroso e solitário?
E quantas vezes eu afirmar você negará
Porque não há verdade no seu dizer
Porque você se defende como porco espinho e sua carapaça espinhenta me fere
E cada vez que digo a mim mesma que vou desistir
Há aquele fio invisível que nos conecta
que não permite esquecer, sempre me solicitando
e eu vou... sempre irei... sempre

Nenhum comentário:

Postar um comentário