São 24 horas... mas...
É que a noite tudo é mais sublime
E em noites frias há calor, em noites quentes mais calor ainda
Não que o dia não tenha sua beleza mas nele as pessoas estão ocupadas em seus ofícios e viso aqui falar de momentos compartilhados...
Há pezinhos de 7 a 10 centímetros perambulando por todo lado
Definições profundas a respeito de assuntos banais, há alimentos no fogo e algumas notas no violão, os pezinhos perambulam sem parar.
Um receita recém formulada já vira tradição de família...
Há recipientes para coleta seletiva, artigos 100% algodão, artigos ecologicamente correto, artesanatos feitos de sementes, muitas cores, algumas bagunças e plantinhas regadas por mãozinhas pequenas.
Desenhos infantis de tintas coloridas que não se definem.
Perguntas ingenuas e respostas inteligentes, olhinhos arregalados que absorvem todas informações.
Corpos se movimentam no espaço, notas ecoam no ar.
Idéias amorais, fartura de idéias que se perdem na mesma rapidez com que se formaram, planos e piadas que fazem sentido apenas pros protagonistas da história, gargalhadas ecoam...
Há noites alcoólicas, e onde não há pudor, se revela, belo, nu, lúbrico...
Transformando dias normais em dias extraordinários, apenas almas nobres podem notar.
Música, tinta, pincéis, dança, arte, câmera, ação e idéias malucas, talvez fogueiras e liberdade...
sirva-se do que quiser... de harmonia há fartura...
O menu varia obviamente porque não há padrão, a única regra é não haver regra e a meta é estar feliz, seguindo o fluxo da vida.
Vinho barato, momentos preciosos, apenas almas nobres vivenciam.
Achar graça naquele lance que as pessoas costumam ter de achar que serão felizes quando tiverem isso ou aquilo que só dinheiro pode comprar e achar mais graça ao lembrar de que tínhamos também essa ilusão, porque nesse momento sabemos que bem material nenhum tem a magia das noites mágicas... felicidade real existe com aquilo que se tem agora.
O futuro enfeitiça...
E se o ambiente fica pequeno demais para a explosão de idéias, então há passeios na rua tranquila ao luar... ou na bagunça da cidade, ou um encontro com pessoas de pensamentos afins depende do estado de espírito
São tantas as formas de amar... mas não são todas que levam à plenitude da alma...
se na reconstrução parece sempre faltar algo....como tornar crível a intuição da plenitude da alma? como acolher a certeza que , de alguma forma, um amar foi mais pleno do que outro? o que chamamos de momento extasiante, apreciação maravilhosamente unica de meu ponto de vista sobre uma parcela de minha existência transformada em espetáculo, pode ser amado mais dignamente ou plenamente, de modo absolutamente puro e espontâneo, se está vestido com o manto da ingenuidade? amar em devoção espontânea. em lealdade eterna , pois descomprometida das inclinações particulares, mesquinhas, pequenas e finitas formas de egoísmo. perspectivas pautadas numa noção que não pode ser exposta com um só golpe, de uma vez por todas. a ideia do infinito incorporada a percepção espontânea do universo ao meu redor: o amor sem limite e amoral ( não imoral, contra-regra, contra-exemplo, contra-corrente ) a-moral. fora do moral, atemporal, lindamente utópico
ResponderExcluirA falta não é apenas necessária como fundamental, se não há falta não há saciedade...assim que a falta é suprida poderá haver plenitude, não há nada que seja mais pleno ou menos pleno. A plenitude apenas é... ou não...
Excluirnão há formula, nem certeza de nada mas apenas o real é amoral, atemporal, lindo e real, nunca utópico...
utópica é grande ilusão dessa vida que levamos presos a esse corpo perecível... todo o resto desprovido dos conceitos aprendido é real, leva a plenitude...
não há dor ... porque a realidade atual é apenas uma ilusão e saber disso nos liberta!